quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Por Favor, não perturbe!

o dia amanheceu lindo, um sol forte brilhava no céu
só aquilo já estimulava uma disposição acima do normal.
mesmo sabendo que naquele dia não existiria trabalho, conversa, não veria os amigos, coisas que normalmente são estimulantes, existia uma motivação diferente
era chegado o dia de saber se os sonhos, os medos, as vontades, as esperanças teriam um final feliz,
ou um início
a necessidade constante de sentir felicidade, o receio permanente de falhar, de não ser amada, de decepcionar, de não poder ajudar, de não conseguir.
meu deus, quantos medos!
cartas na mesa: as respostas foram saltando desordenadamente, regadas de sorrisos, de concretizações, de crescimento, de amor
era tanta coisa boa reunida que fica difícil acreditar ser possível, até agora.
com as respostas, as perguntas: mas como? não dá pra visualizar isso acontecendo!
a vontade de acreditar em tudo aquilo se confude com o medo de sonhar de mais, de viajar alto de mais, de fugir da realidade.
depois daquele encontro, ficou difícil esvaziar a mente e voltar à vida real. o agora.
como seguir vivendo, sabendo o que pode ou não nos esperar ali na frente?
tudo era tão bonito e tão gostoso, que acordar parce não ter graça.
a dúvida fica no ar: será que é preciso tomar a iniciativa, ou só esperar que o destino se encarrega de fazer acontecer?
maktub? Tomara!
tomara poder viajar, poder ajudar os pais, resolver a dívida que mancha o nome
tomara ser amada por aquele que apareceu ali, rindo
tomara ter a casa boa, quente, iluminada
tomara ter o ombro do irmão sempre pertinho pra consolar, ajudar
tomara voltar a dar aula
poder rir dos medos
rir da vida
rir pra vida
se tudo aquilo for verdade, a felicidade professada é tanta, que não seria justo, digno guardá-la
uma cerveja no ventura seria pouco, pra dividir tudo isso.